LIDERANÇA, COACHING E GESTÃO

Até um passado bem recente, a literatura ainda “batia na tecla” de que o líder já nascia líder, impossibilitando o seu desenvolvimento durante a vida. Exercer influência sobre indivíduos e grupos seria para quem nasceu com determinados traços de personalidade. Entre eles, estão os traços físicos – aparência, estatura, energia, força física -; traços intelectuais -adaptabilidade, entusiasmo, autoconfiança, elevado coeficiente de inteligência -; traços sociais – cooperação, habilidades interpessoais, habilidades administrativas -; traços relacionais com a tarefa: impulso de realização, persistência, iniciativa.

Contrariamente a isso, nos últimos anos, com as mudanças no mundo e principalmente nos ambientes organizacionais, o que se diz é que todos podem desenvolver habilidades de liderança, sem deixar de preservar a ideia de que as duas abordagens são verdadeiras.
Todo homem ou mulher inteligente pode ser líder, se ele quiser e souber sê-lo. Depende apenas de força de vontade, estudo, observação de si e dos outros, prática e autoaperfeiçoamento. O líder tem que ler muitos bons livros, artigos, participar de congressos, seminários, palestras e todas as demais formas de interação e busca de conhecimento.

Então como podemos definir a liderança?

O especialista Ivanildo Isaías de Macedo diz, em seu livro Gestão de Pessoas que “entendemos por liderança a arte de educar, orientar e estimular as pessoas a persistirem na busca de melhores resultados num ambiente de desafios, riscos e incertezas”.
Uma das ferramentas mais utilizadas atualmente pelos líderes para alcançar resultados extraordinários junto a sua equipe é a metodologia do Coaching – mas, afinal o que é isso? E porque ela é tão eficiente assim? Essa dúvida é completamente compreensível por diversas razões.

PRIMEIRO, o nome é em inglês! Mais ainda, esse nome “coaching” se refere apenas ao processo em si. O profissional que aplica a técnica é chamado “coach”, e o cliente, que recebe os benefícios do processo, é chamado de “coachee”. Não existe tradução direta, com significado completo, para esses nomes. Portanto, em todo o mundo, em todas as línguas, usa-se os mesmos termos. Isto é, “coaching”, por simplicidade, tornou-se um termo internacional, como Yoga, por exemplo.

SEGUNDO, além da dificuldade natural do entendimento causada pelo nome em inglês, essa atividade profissional é relativamente nova. Ela tem suas raízes no desenvolvimento de terapias e técnicas de aconselhamento por profissionais e cientistas do campo da psicologia nos anos 80. No Brasil, o seu emprego só começou a ser difundido nos últimos 15 anos, primeiramente, entre executivos de sucesso. Hoje em dia no Brasil, milhares de pessoas já disfrutam dos benefícios do acompanhamento de um coach para a definição de suas metas, assim como para o planejamento e execução, com sucesso, de seus ideais e projetos de vida.

TERCEIRO, o nome “coaching”, em inglês, também se refere à atividade do “coach” (Técnico, Treinador) no treinamento e condução de um time de atletas em uma empreitada esportiva. No nosso caso, embora o objetivo do “Executive & Life Coach” seja também o sucesso de uma ou mais pessoas em uma empreitada, falamos aqui de um universo bem maior de possibilidades. Falamos de “sucesso como pessoa e como profissional”, em todas as áreas da vida.

QUARTO, existe uma confusão natural, devido à natureza da atividade, entre o trabalho feito pelo “coach” com aquele executado por psicólogos, psiquiatras, tutores, conselheiros, mentores e consultores. Note que a atividade do coach é diferente da que desempenham esses profissionais.
Psicólogos e psiquiatras utilizam geralmente a psicoterapia no tratamento dos distúrbios do comportamento, fobias, traumas e outras alterações psicológicas, normalmente relacionadas a algum acontecimento do passado.
Tutores auxiliam o aprendizado dos seus clientes, atuando como professores em um determinado assunto de sua especialidade.

Conselheiros auxiliam as tomadas de decisão, oferecendo sugestões baseadas em sua experiência e conhecimento profissional na área.

Mentores acompanham e direcionam os passos de uma pessoa ou profissional novato em uma determinada função ou atividade na qual o mentor tem grande experiência.

Consultores utilizam seu conhecimento profissional para analisar e apresentar soluções completas para um determinado problema ou situação em uma organização ou atividade.

Coaches trabalham sempre com o foco voltado nas possibilidades futuras dos seus clientes. Através de um processo estruturado para o estímulo constante da capacidade intelectual e criativa dos coachees, eles os ajudam a encontrar suas próprias respostas e soluções, definir seu propósito de vida, descobrir seus potenciais, desenvolver suas competências pessoais e profissionais, estabelecer metas funcionais, planejar estratégias realistas para atingir seus objetivos, executar seus planos para terem sucesso e qualidade de vida.

Se esses esclarecimentos ainda não são suficientes para você, não se preocupe. Quando chegar o momento certo, você já saberá o caminho para assumir o protagonismo da sua vida e da sua carreira, buscando no coaching profissional – sem achismos – o caminho assertivo para atingir o seu alvo.

Francine Oliveira, Master Coach, especialista em Liderança, Comunicação e Gestão; professora de Gestão de Pessoas da Fundação Getulio Vargas e CEO do Instituto Francine Oliveira