Em tempos de crise na economia onde desacelerou o crescimento no mundo dos negócios é necessário ter profissionais com competências técnicas e comportamentais bem desenvolvidas para a garantia e manutenção da existência da empresa.

Logo, adquirir capital intelectual com competências que possuem um valor agregado se tornou um desafio ainda maior para as organizações que almejam manter uma competitividade no mercado agressivo, visto que hoje diante de toda recessão econômica que vivemos nos últimos anos temos uma mão de obra maior disponível no mercado de trabalho, porém muitos com pouca qualificação.

As pesquisas apontam índices ainda maiores de desemprego neste ano de 2017. Segundo OIT- Organização Internacional do Trabalho, a cada três desempregados no mundo entre 2017 e 2018, um será brasileiro, deixando nosso país em terceiro lugar no número de desempregados entre as maiores economias do mundo, superado apenas pela China e Índia.

É exatamente neste momento que os profissionais que sabem pensar fora da caixa precisam agir para blindar seu emprego e consequentemente continuar se desenvolvendo profissionalmente. Deve começar a avaliar seu comportamento. Todo profissional precisa ficar atento para não desenvolver um comportamento antiético em seu trabalho. Devem evitar agir de maneira que não sejam profissionais. Prometer apenas aquilo que pode ser cumprido. Seja uma solicitação do cliente ou até mesmo de um colega de trabalho. Desenvolver um bom comportamento no trabalho está ligado a etiqueta profissional. Conversas que não acrescentam em nada, fofocas, falar mal do chefe ou da empresa que se trabalha, causar intrigas entre os colegas, são comportamentos inadmissíveis hoje pelas organizações que buscam a manutenção de sua existência no mundo corporativo. O profissional deve também ficar atento ao excesso do uso das redes sociais durante o expediente. O whatsApp, facebook e instagram, devem ser usados com muita moderação, principalmente se você não os utilizam como ferramentas de trabalho. A produção durante o horário de trabalho deve ser único e exclusiva para a empresa sem reclamações, afinal você ainda está empregado e deve agradecer a Deus por isso. Não usar os equipamentos da empresa, tais como: telefone, computador e materiais de escritório para seu uso pessoal, são competências comportamentais muito valiosas para as organizações visto que já é comprovado segundo pesquisas que 87 % das demissões são pela falta de competência comportamental e apenas 13% são pela ausência da competência técnica.

Para manter sua empregabilidade é necessário vender a competência que as empresas compram hoje. Algumas delas são: habilidades de comunicação, estratégias, resiliência para enfrentar novos desafios, automotivação, ética, trabalho em equipe, inteligência emocional, autoliderança, criatividade e inovação e que sejam agentes provocadores de mudança com nível elevado de capacidade e conhecimento para garantir resultados positivos.

Enfim, para blindar seu emprego, procure desenvolver e aprimorar um perfil de profissional polivalente, saiba solucionar os problemas ao invés de ser o problema. Peça feedback com relação aos seu trabalho para o seu gestor. Tenha sempre uma estratégias para garantir a eficiência de suas ações junto as questões da organização. Mantenha um relacionamento interpessoal saudável no trabalho. Participe de cursos, workshops, palestras, eventos onde você possa aumentar seu networking e trocar as experiências. Busque ter respostas novas para os novos e velhos problemas. Essas dicas podem ajudá-lo(a) a blindar seu emprego frente a concorrência que tem aumentado no mercado neste momento de crise econômica. Se você for capaz de desenvolver este perfil e entender que entregar mais com menos recursos é na maioria das vezes acumular funções e fazer além do que foi combinado ou proposto no momento da contratação, certamente conseguirá manter seu emprego, pois são hoje pré-requisitos das empresas durante processo de contração.

Francine Oliveira, Professora de MBA na Fundação Getulio Vargas, Proprietária do Instituto Francine Oliveira Desenvolvimento Profissional, Jornalista, Palestrante e Coach.